Líderes comunitários, ativistas e empreendedores do Brasil e de mais de 70 países estão no Rio de Janeiro para participar da 2ª edição do Fórum Mundial das Favelas, que acontece desta quinta-feira (11) a domingo, com atividades em diferentes pontos da cidade.

Idealizado pela Central Única das Favelas (Cufa), o evento tem uma agenda global voltada à construção de soluções sociais e econômicas a partir da perspectiva das periferias.

Nesta quinta-feira, as oficinas, mesas de debates e feira de empreendedorismo acontecem na sede da Cufa em Madureira, na zona norte carioca. Na sexta-feira, as discussões internacionais serão realizadas na sede da entidade no Complexo da Penha, também na zona norte. Nos dias 13 e 14, o Fórum se desloca para o Museu do Amanhã, no Centro.

Para o diretor da Cufa e organizador do fórum, Marcos Vinicius, as favelas são uma potência global, movimentando economias, criando tendências e reinventando o futuro todos os dias. Na sua avaliação, o Fórum Mundial discute os problemas que as favelas e periferias do mundo enfrentam - e o que estão construindo para reduzir a desigualdade entre elas e o asfalto.

"O principal desafio que as favelas enfrentam é a falta de serviços básicos. A diferença da prestação de serviço básico do governo, que é normal e amplo dentro do asfalto, e na favela é precário. Seja na saúde, no saneamento básico, na educação, segurança".

Segundo a ONU, cerca de 1,1 bilhão de pessoas vivem hoje em favelas ou assentamentos informais urbanos. Quando consideradas outras formas de habitação inadequada, como moradias precárias e a falta de acesso a serviços básicos, esse número pode chegar a 2,8 bilhões de pessoas em todo o planeta.